Assembleia Geral

Hoje (26/05/2011 pelas 20:30) há Assembleia Geral para decidir o futuro do Merelinense!

Participem activamente na vida do clube!!

Assembleia Geral do MFC, Quinta-feira, 16 de Junho · 20:30 - 23:30 Local:Sede da Junta de Freguesia de Merelim S. Pedro (NÃO FALTES)

Que todos os que possam realmente ,compareçam , pois todos podem ajudar ... o pior que podem fazer os Merelinenses é absterem-se de participar esperando que os outros resolvam !

Estão todos muito murchos!

Ninguém se manifesta, ninguém diz nada, ninguém dá opiniões,...

A Apatia, a Indiferença, o Desinteresse e o Desprezo estão instalados!!

Sabem o que acontece quando alguma "coisa" deixa de ter interesse????

Eu não vou responder, Todos os Merelinenses é que têm de responder!!

Se gostam do clube saiam da Hibernação!!!!!!!!

Não se esqueçam que hoje é dia de Assembleia Geral...

O futuro do Merelinense pode começar ou acabar hoje!!

Gostaria muito de saber como correu Assembleia Geral ...Obrigado !

A assembleia serviu para aprovar o relatório de contas onde pontifica um passivo de 61 000 Euros que gerou alguma discussão, esse passivo segundo a Direcção deve-se ao corte de verbas prometidas feito por vários patrocinadores...quanto a listas candidatas à Direcção não apareceu ninguém para assumir... ou seja o Merelinense entrou oficialmente em uma CRISE DIRECTIVA.

A próxima assembleia foi marcada para o dia 29 de Junho, com início às 21:00.

Noticias sobre a Assembleia por favor ...

As notícias não são boas...a coisa está negra!!

A próxima Assembleia Geral está marcada para o dia 8 de Julho

O ponto único da ordem de trabalhos é: Discutir o futuro do Clube

O Merelinense está "nos cuidados intensivos ligado a máquinas" e a qualquer momento pode MORRER!!

fiquei muito preocupado com as noticias !!

Tenho pena de estar muito longe e pouco poder fazer activamente se não fosse esse o caso poderiam contar comigo para ajudar mas apelo a todos os Merelinenses que NÃO deixem morrer o clube .

Como correu Assembleia Geral de ontem ??

É este o amor que certos Merelinense dizem ter pelo clube?

Se tiverem amor pelo clube e estiverem dispostos a ajudá-lo, apareçam durante esta semana nas instalações do clube, para conseguirmos uma solução para este problema!!

Para relembrar um pouco de história deixo este artigo. Mostra que quando há vontade, imaginação e união por um objectivo comum, é possível grandes feitos!!


21-1-2011 - Público
"A história conta-se como uma lenda. Está dispersa pelas ruas alcatroadas de Merelim, afixada numa parede com fotografias sépia, rabiscada em páginas gigantescas do jornal "A Bola". Um certo dia, um grupo de miúdos inventou dinheiro para comprar um campo e restaurar um clube de futebol. "Toda a gente se ria do negócio de rapazes", recorda o "muito vaidoso" Rocha Martins, ex-rapaz, passo moroso, memória acelerada.

Estamos nos anos sessenta. Não há nada em Merelim. Rocha Martins regressa do Ultramar e o Merelinense começa a jogar com o nome de um clube que na verdade não existe - existira numa primeira fase entre 1937 e 1948 e numa segunda entre 1952 e 1960. O então central, rijo, fala daqueles dias como se tudo tivesse acontecido há meia dúzia de dias. "Lutámos contra o cepticismo."

Acompanhados pelo padre "para dar credibilidade", os rapazes prometeram pagar 150 contos ao senhor Barroso em troca da bouça, onde cresceria o Campo João Soares Vieira. "Tínhamos zero. Inventámos dinheiro", contou ao PÚBLICO Rocha Martins. Os rapazes começaram a cobrar cachet pelos jogos, fizeram 32 contos com a venda dos pinheiros que ocupavam a mata e avançaram com a "campanha do metro quadrado" em que simbolicamente recebiam 20 escudos em troca de um metro quadrado de... nada. Apesar das habilidades, juntaram 80 contos e não 150. "Para trás já não anda", repete hoje um dos "restauradores". "Ou nos arranjam 70 ou então perdemos 80." Álvaro Matos, pai do actual presidente do Merelinense, emprestou 40. Seis pessoas emprestaram cinco contos cada. "E nunca ninguém pediu o dinheiro de volta."

Por estas bandas - um pequeno desvio para quem passa ao lado do Estádio Axa, do Sporting de Braga -, décadas depois, o altruísmo continua a ser uma das principais forças do Merelinense, cujos jogadores amadores disputam nesta quinta-feira com o profissional Vitória de Guimarães um lugar nas meias-finais da Taça de Portugal.

"Nós somos todos pequeninos e assim prò fraco, enquanto eles são altos e fortes. O Washington sozinho varre tudo", dizia em 1979 o capitão Alvelos, referindo-se ao duelo desigual do dia seguinte com o Varzim (e em especial ao confronto com Washington, pai de Bruno Alves) e que o Merelinense acabou por vencer. Hoje, os "amadores merelins" (expressão usada pelos jornais da época) continuam a pedir aos patrões para saírem mais cedo do trabalho no dia dos jogos. Carlos Matos acerta o mesmo com os adversários. "O último jogo com o Varzim era às 14h e foi às 19h30. Pedimos para mudar a hora para não termos que pagar o dia aos jogadores. Com o Guimarães vai ser igual", refere o presidente, que gere o clube "com dores de barriga tremendas".



O entalhador e o oleiro

Em 1979, o Merelinense, sem aviso prévio, também disparou na Taça. Coelho era entalhador, Domingos militar, Alvelos e Chico "Malhão" estavam desempregados, Esteves "Yazalde" era oleiro, "Igreja" era marceneiro e "Serrador" era funcionário dos CTT. Os jogadores do actual Merelinense são estudantes, picheleiros, vendedores de peças de automóveis. Treinam num sintético e jogam num relvado natural (iluminação artificial que custou 240 contos e que foi uma das primeiras a impressionar no Minho) onde dantes havia um imenso pinhal. Ganham em média 300, 400 euros. Podem estar no domingo na Madeira (os regulamentos da II Divisão Norte a isso obrigam), na segunda-feira a vender fogões de sala e na quinta-feira a correr com o equipamento debaixo do braço até ao emprestado Estádio 1.º de Maio.

Com alguns dias pela frente, Carlos Matos anda atarefado. Tem a agenda a transbordar de entrevistas, tem os caixotes de cachecóis por abrir, tem o telefone colado à orelha. Acaba por passar a tarde a mostrar ao PÚBLICO o pouco que há para mostrar de um clube que guardou algumas molduras de gesso num caixote de cartão. O que interessa está na cabeça dos rapazes. Eles são o verdadeiro Merelinense: Rocha Martins, a enciclopédia - e, já agora, pai do treinador Ricardo Martins, um produto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto -, Fernando Carvalheira, ex-guarda-redes que em 1967 assinou pelo Amares por 750 escudos e que hoje resgata pedaços de história para colar na parede da arrecadação que construiu ao fundo do quintal.

- Aqui é que há sangue, suor e lágrimas - atira Rocha Martins, enquanto aponta para as primeiras fotografias do estádio de futebol que muitos ajudaram a construir à força da picareta e à média luz (de faróis de carros).

- No final do jogo com o Varzim nem consegui falar com os jogadores - desabafa o presidente.

- Chorou - explica Carvalheira.

Merelim tem duas freguesias (S. Pedro e S. Paio) e um só clube. "Nos jogos a feijões entre ambas davam chiliques às senhoras e os homens pegavam-se", pode ler-se nas páginas amareladas de um jornal com mais de trinta anos. Hoje, no emblema do Merelinense, a chave é de S. Pedro e a pena é de S. Paio. As estradas estão quase todas alcatroadas e os jornais encolheram significativamente. Há muita coisa em Merelim. Mas está quase tudo na mesma. Já quase não há luz no estádio e há uma tela branca com a frase "eu acredito" pintada de fresco. Coisas de rapazes."